A História do quadrinho de terror brasileiro


O Brasil possui uma grande tradição no futebol, ele é a nossa maior paixão, contudo assim como nossa língua muitos hábitos que possuímos, não é uma manifestação cultural originalmente brasileira é mais um dos estrangeirismos que adaptamos a nossos costumes. Assim como o nosso esporte nacional um tipo de quadrinho bem brasileiro possui ligação com o exterior, o quadrinho de terror que inundou as bancas por décadas e deu reconhecimento a diversos artistas. O terror é um dos gêneros de maior aceitação entre os leitores brasileiros, infelizmente acabou não tendo a longevidade que merecia, estando num país onde o analfabetismo é enorme e o consumo de revistas é muito pequeno. O brasileiro é um povo místico, se não acredita ande pelo interior ou converse com pessoas mais velhas, terão alguma história macabra para nos contar, em nosso imaginário temos a cuca, o saci pererê, a mula sem cabeça, os fogos fátuos, chupa-cabras, etês, o curupira, entre dezenas de histórias ricas em detalhes e carregadas de misticismo, quem nunca teve um conhecido que contava sobre ver fantasmas quando novo, ou dos espíritos que rondam casas abandonadas e apartamentos vazios, o brasileiro é apaixonado pelo sobrenatural perdendo para poucos povos.
O quadrinho de terror brasileiro apareceu já em 1937, o personagem Dr Oculto de Leger e Reuths, na verdade o pseudônimo dos pais do Superman, Joe Shuster e Jerry Siegel, foram os primeiros a nos brindar com o terror nas páginas dos suplementos de quadrinhos, todavia o pioneirismo genuinamente brasileiro veio com “O Garra Cinzenta”, um homem com colar com uma caveira que utiliza capa e chapéu, com unhas enormes e uma máscara de um crânio humano, muito parecido com o Zé do Caixão. O Garra Cinzenta esta na verdade mais para os pulps policiais que para o terror, seus personagens lembram vagamente os de Chester Gold, com os textos de Reinaldo Armando sobre o roteiro de Francisco Armond e desenhos de Renato Silva, a história surgiu como parte do suplemento de quadrinhos da Gazeta, publicada entre 1937 e 1939, conta as façanhas do inspetor Frederic Higgins, seus comandados como o sub-inspetor Miller e o sargento mestre dos disfarces, além de personagens interessantes que tentam acabar com a ameaça do vilão do  titulo que aparece apenas no desenrolar das aventuras e não no começo, mantendo-se oculto enquanto mata suas vitimas para manter sua identidade em sigilo, a trama policial das primeiras historias eram desenhadas sempre no mesmo padrão com seis quadrinhos e com um pequeno requadro abaixo deles que descrevia o que acontecia, felizmente abandonaram esta convenção, o que permitiu maior agilidade a esta historia policial com traços de ficção cientifica com sociedades e laboratórios secretos, casa de ópio, assassinatos com marca registrada, a verdadeira razão por ser tida como uma hq de terror reside no fato de ocorrerem profanações de túmulos, aparecerem monstros meio homem e meio macaco, mortos voltando a vida e um autômato estranho, o Garra Cinzenta apareceu no tablóide Gazetinha foi vendida a editora mexicana Sayrol e posteriormente publicada tanto na Bélgica como na  França como sendo  de autoria mexicana.
Nos anos do pós-guerra o interesse pelos super-heróis nos Estados Unidos diminui muito estando ainda muito incomodados, pelo horror da guerra, seu interesse acabou virando para um novo gênero criado pelo escritor Stan Lee, pai dos principais heróis Marvel, no final dos anos quarenta ele acabou por criar o gênero de terror, logo foi copiado por diversos editores diferentes, mas a notoriedade a essas publicações fica aos editados da EC comics de Bill Gaines, que em 1947 herdou a editora Educational Comics de seu pai que havia morrido, sua primeira atitude foi mudar o nome da editora que passou a ser conhecida como Entertaning Comics e junto ao editor Albert Feldstein colocou a sua disposição um grupo de grandes artistas como Joe Orlando, Joe Kubert, Jack Kamen, Alex Toth, Bill Elder, Frank Frazetta, Jack Davis, Graham Ingels, Wallace Wood e Harvey Kurtzman só para citar alguns, os artistas eram creditados pelo trabalho que realizavam tendo liberdade criativa no desenho e no texto, sem personagens fixos, os únicos eram os que apresentavam a história que viria, daí o final ser surpreendente era impossível dizer quem morreria ou como morreria, não eram historias moralistas muitos dos crimes eram cometidos por autoridades e pessoas respeitáveis, o ritmo de produção era intenso e apenas parou por sofrer perseguições moralistas durante o macarthismo, com diversos inquisidores que em nome do espírito americano deveria produzir uma sociedade saudável, já que um dos maiores entusiastas anti-hqs defendia a tese de que tais revistas levavam a condenação dos leitores, a histeria anticomunista levou os editores a criar um código de ética que autocensurava suas publicações e extinguia os quadrinhos de terror.
Nos anos do pós-guerra o interesse pelos super-heróis nos Estados Unidos diminui muito estando ainda muito incomodados, pelo horror da guerra, seu interesse acabou virando para um novo gênero criado pelo escritor Stan Lee, pai dos principais heróis Marvel, no final dos anos quarenta ele acabou por criar o gênero de terror, logo foi copiado por diversos editores diferentes, mas a notoriedade a essas publicações fica aos editados da EC comics de Bill Gaines, que em 1947 herdou a editora Educational Comics de seu pai que havia morrido, sua primeira atitude foi mudar o nome da editora que passou a ser conhecida como Entertaning Comics e junto ao editor Albert Feldstein colocou a sua disposição um grupo de grandes artistas como Joe Orlando, Joe Kubert, Jack Kamen, Alex Toth, Bill Elder, Frank Frazetta, Jack Davis, Graham Ingels, Wallace Wood e Harvey Kurtzman só para citar alguns, os artistas eram creditados pelo trabalho que realizavam tendo liberdade criativa no desenho e no texto, sem personagens fixos, os únicos eram os que apresentavam a história que viria, daí o final ser surpreendente era impossível dizer quem morreria ou como morreria, não eram historias moralistas muitos dos crimes eram cometidos por autoridades e pessoas respeitáveis, o ritmo de produção era intenso e apenas parou por sofrer perseguições moralistas durante o macarthismo, com diversos inquisidores que em nome do espírito americano deveria produzir uma sociedade saudável, já que um dos maiores entusiastas anti-hqs defendia a tese de que tais revistas levavam a condenação dos leitores, a histeria anticomunista levou os editores a criar um código de ética que autocensurava suas publicações e extinguia os quadrinhos de terror.
No Brasil a editora La Selva fundada por Vito La Selva, emigrante italiano que se radicou no Brasil, virou dono de uma banca bem localizada em São Paulo e contava com uma distribuidora, resolveu fundar uma editora, lançando em 1950 a revista Terror Negro, Black Terror de Mort Meski (Textos) Jerry Robinson (desenhos) que de terror só possuía o nome, eram contos policiais com uma pitada de fatos macabros, com o cancelamento da série nos EUA a revista passou por uma nova revigoração e numeração agora apresentando quadrinhos de terror realizado por brasileiros, a revista possuía certo apelo com o público e a mudança manteve o sucesso anterior,  levando os editores a publicarem outras edições como a Sobrenatural, Contos de Terror e Frankstein, sucesso que não passou despercebido levando ao surgimento de outras editoras de quadrinhos com material de terror, algumas até mesmo fundadas por ex-colaboradores da La Selva como é o caso da Orbis e da Companhia e Editora Novo Mundo, a La Selva conseguiu crescer como editora com mais de quinze títulos em banca já em 1953. Seus publicados de terror podiam agradar o publico, mas nos idos anos 50 muitos protestos antiquadrinhos ocorriam por todo o país e tais títulos apenas acrescentavam um ponto negativo a mais aos malquistos gibis.
O oportunismo de Vito la Selva e de seus editores deram fruto durante a década de cinqüenta pela falta de material importado de terror, com as histórias censuradas nos states facilitou a produção brasileira, não era extensa no começo, era meio tímida, em 1954 o psiquiatra Frederic Wertham proferiu meias-verdades sobre os quadrinhos e em época de inquisição quem for apontado como bruxa queimado será, Wertham se prontificou a tornar os quadrinhos num excelente alvo para os senadores ensandecidos, as editoras para não sofrerem intervenção foram obrigadas à autocensurar seus editados, muitos títulos foram cancelados e muita (quase toda) da liberdade criativa foi reduzida, a EC foi uma das mais perseguidas seus quadrinhos de terror deixaram de existir, os quadrinhos norte-americanos de terror cessaram por um longo intervalo e os editores paulistas que mais lucravam com o gênero correram atrás das agências de distribuição para comprar o que ainda era inédito por aqui, afinal comprar o material já impresso era mais barato que fazer no Brasil, por aqui apenas capas eram feitas pelo magistral mestre português Jayme Cortez que desembarcou no Brasil em 1947, buscando trabalho apenas para descobrir que nosso mercado editorial era praticamente inexistente, já que os editores preferiam o material importado, acabou fazendo amizade com Miguel Penteado, um fotografo entusiasta e apaixonado por gibis, Álvaro de Moya hoje um dos maiores pesquisadores de quadrinhos do mundo, fez diversas capas para as revistas Disney da editora Abril e atuou na televisão criando o primeiro logo da rede Tupi, além de ter editado diversos livros sobre HQs.  Cortez influenciou diversos artistas como Julio Shimamoto, Ivan Saidenberg e outros e assim como ele três outros mestres estrangeiros adotaram o Brasil como pátria o italiano Nico Rosso, o seu conterrâneo Eugênio Colonnese e o argentino Rodolfo Zalla.
Em 1951 um pequeno grupo de colaboradores, da editora La Selva, se reuniu com a proposta de estudar o material original de grandes mestres como Cannif, Eisner, Raymond, Foster entre outros gênios enviaram cartas aos artistas e para seu espanto receberam um bom sortimento de material deles pelo correio, tiveram a idéia de realizar uma exposição com aqueles originais e acabaram criando naquele ano a primeira exposição internacional de quadrinhos do mundo. O português Jayme Cortez, Álvaro de Moya, Syllas Roberg, Miguel Penteado, mas isso é assunto para uma próxima ocasião.
Os lucros da La Selva a transformaram na maior editora paulista já na metade da década de cinqüenta, com a escassez do material americano ela e suas concorrentes paulistas começaram a adotar uma medida no mínimo curiosa, os artistas nacionais deveriam utilizar pseudônimos ingleses para não afugentarem a clientela, além de terror personagens nacionais como palhaços, celebridades da TV, rádio e cinema foram transportados para as páginas dos quadrinhos, as revistas de terror da La Selva e de outras editoras paulistas se tornaram alvos de critica por seu conteúdo de horror e violência. Enquanto editoras maiores como a RGE, a Ebal e o Cruzeiro sofriam duros ataques de pais, Aizen adotou a postura de “censurar”, catequizar seus quadrinhos e realizar almoços com figuras influentes em prol aos quadrinhos, Marinho sofria com as perseguições dos rivais e usou por anos seu jornal para contra-atacar, o que levava seus concorrentes a aumentar a campanha difamatória contra Marinho através de suas publicações. O mercado era bastante restrito para os artistas brasileiros, apenas pequenas editoras como a La Selva e Abril apostavam no artista nacional, contudo nas grandes editoras o seu ganha pão estava no material importado e não no nacional, mesmo associações como a Adesp e ABD não conseguiam com o governo mudar esta situação.
Mesmo não ouvindo os artistas e permitindo crescer sua insatisfação uma editora surgiu em prol dos desenhistas nacionais, em 1959 surge à editora Continental por Miguel Penteado e Jayme Cortez, criada com o propósito de publicar apenas material nacional, serviu também como porta voz dos desenhistas brasileiros, apresentava em suas capas um pequeno selo verde e amarelo, com os dizeres “Escrita e Desenhada no Brasil”. A editora conseguiu reunir um bom número de artistas, alguns autores de peso como Nico Rosso, Gedeone Malagola, Sérgio Lima, Aylthon Thomaz, Júlio Shimamoto, Lírio Aragão, Flávio Colin, Inácio Justo, Antonio Duarte, Orlando Pizzi, Luiz Saidenberg, Isomar Guilherme, Jorge Scudelari, Wilson Fernandez, Manoel Ferreira, José Bento, entre outros, lançou logo de inicio cinco revistas de terror e uma que logo foi cancelada chamada Bidu de Mauricio de Souza, além de revistas terror realizavam historias com personagens conhecidos de filmes, radio e televisão, um dos primeiros heróis brasileiros das telinhas e que foi para o gibi foi o personagem de Aires Campos o Capitão 7, que teve mais de cinqüenta números publicados.
A Continental logo virou editora Outubro, já existia uma empresa com o nome de Continental em processo de falência, entretanto o nome Outubro já era registrado por Vitor Civita que o comprou quando registrou a Abril, assim como todos os meses do ano, o nome ficou em disputa nos tribunais por anos. O impacto provocado pela produção nacional publicada nas editoras La Selva e a Outubro não chegou a causar muito barulho perto das cariocas RGE, EBAL e O Cruzeiro que contavam com tiragens gigantescas, levando os artistas nacionais numa cruzada pela nacionalização do mercado, era a tentativa dos produtores de quadrinhos nacionais em tentar a força com o apoio do governo para estimular o quadrinho brasileiro.
A editora La Selva sobreviveu até 1968, problemas financeiros levaram ao sumiço da editora, até o fim publicou a pioneira revista Terror Negro. Pouco antes Miguel Penteado deixa a Outubro e com Luiz Vicente Neto monta a Gráfica Editora Penteado, a GEP, continuando o trabalho de publicar quadrinhos brasileiros de terror, permanece até o meio da década de setenta, quando abandonou o ramo vindo a vender a editora em 1980. A Outubro sem Penteado que vai para a GEP e Cortez lança alguns títulos, mas muda de nome por causa da Abril passando a ser conhecida como Taíka, filha de Eli Lacerda que junto com Manoel César Cassoli deram continuidade a editora, permanecendo a publicar material brasileiro até o começo da década de setenta, preservando em suas capas o selo “TOTALMENTE FEITA E ESCRITA NO BRASIL”.
As revistas de terror nos brindaram com alguns dos maiores mestres nacionais desta arte, nomes como Nico Rosso, Flavio Colin, Julio Shimamoto, Gedeone Malagola, Rubens Lucchetti, Jayme Cortez, Eugenio Colonnese, Rodolfo Zalla entre outros grandes artistas, além de mestres no traço as HQs de terror também nos trouxeram personagens que marcaram época além dos conhecidos Lobisomem, Drácula, Múmia e outros monstros clássicos, com uma nova abordagem sobre o olhar cinematográfico norte-americano o terror brasileiro também diferia e muito dos clássicos da EC de Bill Gaines, as narrativas brasileiras continham uma carga erótica maior, um misticismo bastante tradicional e “abrasileirado”, com mortos vingativos e espíritos sádicos, belas donzelas com mini roupas, além de cenas de nudismo e até de sexo, claro que de alguma forma um pouco diferente vemos estes detalhes nas HQs americanas.
A Taíka em 1968 nos brindou com a personagem Naiara, a filha do Drácula, durante os anos sessenta essa criação do publicitário René Barreto Figueiredo, na época o diretor editorial da editora, Naiara era escrita por Helena Fonseca e desenhada pelo papa Nico Rosso, o sucesso da personagem deveu-se pelos desenhos mirabolantes de Rosso, que com uma estilização fantástica desenhava as curvas estilizadas em mínimos trajes, com seus ângulos abusados e perfeição de mestre. A personagem loira com corpo vistoso e usando mina saias e trajes mínimos, tinha algumas excentricidades como não sugar diretamente o sangue de suas vitimas e sim com uma seringa para não transformar suas vitimas em outros vampiros, sorvendo seu suculento suco em taças de cristal, confronta seu nêmeses e pai Drácula. Um detalhe interessante é que nesta época o terror também estava em alta no cinema com o personagem Zé do Caixão, um incrédulo e perverso homem em busca da mulher perfeita que irá gerar seu filho, as adaptações do personagem foram feitas por Rosso, que desenhava o cenário e outros personagens com foto colagens do ator Mojica como Josefel Zanatás.
Outra vampira que apareceu nas nossas revistas foi Mirza, criação de Eugênio Colonnese, criada sobre encomenda do editor José Siderkerkis da Jotaesse, o roteiro era de Luis Meri, com historias curtas. Mirza é uma das mais conhecidas personagens de terror, vampira na mesma tradição de outras personagens de terror como Irina, a bruxa; Silvana, a Baronesa Vampira; Angélica, a filha de Satã; Vamp, a mulher demônio. Mirza era publicada com o personagem Morto do Pântano, podem ate soar como êmulos de sucessos americanos como Vampirella e o Monstro do Pântano, contudo estes personagens são anteriores a criação de suas contrapartes do norte, as versões brasileiras são de 1967, para a editora Jotaesse, a revista teve certa longevidade deixando de ser produzida quando o desenhista abandonou a ilustração de quadrinhos para a as ilustrações de livros didáticos para a IBPE, a convite de outro quadrinista, Rodolfo Zalla que já abandonara os quadrinhos para desenhar livros didáticos, muito mais lucrativos e um pouco menos estressantes, a personagem foi republicada diversas vezes por editoras diferentes, era condessa Mirela Zamanora, uma sexy aventureira que ataca sujeitos com mau caráter, circulando em festas e por eventos da alta sociedade acompanhada de seu fiel lacaio e mordomo Brooks, um tipo corcunda, feio e deformado, o que há de mais clichê em asseclas, o nome Mirza é a variação de um herói, cria de Colonnese, Mylar.
As editoras mais importantes dos quadrinhos de terror no Brasil foram a Outubro (1959/65) de Miguel Penteado e Jayme Cortez, com a famosa tarja verde e amarela com os dizeres “Escrito e Desenhado no Brasil”, a Grafipar (1962/85), a Vecchi (1912/83) e a D-Arte(1981/92). A era de ouro do terror no Brasil foi à década de sessenta, as revistas lotavam as bancas e editoras se especializavam nesse gênero, porém com o excesso tende ocorrer uma saturação e foi exatamente o que aconteceu assim publicações diminuíram e novos títulos com melhor qualidade foram apresentados ao público.
A Vecchi trouxe o quadrinho de terror de volta trazendo do limbo alguns realizadores e utilizando alguns nomes de peso na época, infelizmente isso não impediu a empresa de pedir concordata, a sua mais famosa publicação foi à revista Spektro, Ota relançou nos anos noventa uma serie de mesmo nome que durou muito pouco.
A D-Arte editora era um estúdio fundado no final de sessenta por Eugenio Colonnese e Rodolfo Zalla, na época muito trabalho de terror e guerra, eram publicados, após um tempo trabalhando em livros didáticos para a IBEP (Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas) Zalla volta aos quadrinhos agora como editor com o nome de D-Arte com o consentimento de Colonnese em 1981, com dois títulos a hoje lendária Calafrio e com o caubói Jonhy Pecos, a primeira vingou e levou ao lançamento de outro titulo no lugar de Pecos a Mestres do Terror, onde os grandes monstros clássicos tinham sua vez até mesmo Mirza apareceu por suas paginas sendo capa de algumas edições, a D-Arte publicou os últimos trabalhos do mestre Cortez, a década de oitenta foi péssima algumas editoras importantes fecharam como a Ebal, a Circo, VHD Difusion, Ondas, Press/Maciota, Grafipar e Vecchi deixaram de existir, a D-Arte acabou sobrevivendo a alguns planos econômicos, mas não conseguiu vencer o fantasma da inflação galopante, as mudanças de dinheiro e ministros da fazenda, com a inflação e a diminuição dos compradores devido à queda de seu poder aquisitivo, e da IBEP que editava as revistas agora não conseguir publicar seus próprios materiais levaram ao último sopro de vida de uma editora que lutou pelo quadrinho nacional com as revistas de terror.
O quadrinho de terror no Brasil ainda existe, mas não de uma forma continuada e em bancas, alguns mangás, ou algo da Vertigo, as boas publicações de terror migraram para as livrarias e o detalhe são bastante escassas, mas existem, podemos não ter mais o que tivemos em décadas passadas, mas podemos respeitar e apreciar este que é uma das nossas melhores expressões quadrinísticas, longa vida ao quadrinho de terror, talvez agora sendo mais raro, podemos apreciar de fato o seu valor.


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